Explorando Tabacaria: A Profundidade do Poema de Álvaro de Campos
Tabacaria de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa, é um poema que reflete a solidão e a busca por sentido na vida. Através de imagens vívidas e introspecção, o eu lírico explora a passagem do tempo e a efemeridade da existência.
- Fumaça que dança, uma história singela.
- Entre tragadas profundas, o tempo se esvai,
- E cada pensamento se perde como um pai.
- Entre os dedos, um passado em versos.
- O fumo se eleva, levando o que fui,
- Na tabacaria, um eco de nós dois.
- Uma xícara de café e o cheiro do tabaco,
- Reflexões nas nuvens, um mundo que não é fraco.
- O cheiro do fumo, como um doce abrigo,
- Nas brumas da mente, eu busco um amigo.
- Lá fora a tempestade, aqui paz e calma,
- Na tabacaria, a saudade acalma.
- Fumaça que se forma, pensamentos que se vão,
- Em cada inalação, uma nova emoção.
- Na tabacaria, eu aprendo a amar.
- O calor do isqueiro, o brilho do olhar,
- Entre sombras e luz, deixo o tempo passar.
- Cada cigarro aceso, um instante eterno,
- Na tabacaria, o universo é terno.
- Palavras soltas no ar, como o fumo dançarino,
- Em cada tragada, um verso cristalino.
- Sonhos ocultos, verdades a explorar,
- Na tabacaria, o coração a falar.
- A vida se enrola, como um cigarro bem feito,
- Memórias borbulham, como bolhas de ar,
- Na tabacaria, um instante para ficar.
- Entre as paredes de madeira e o cheiro amadeirado,
- O tempo se estirando, tudo um pouco cansado.
- Mas na bruma do fumo, um novo amanhecer,
- Na tabacaria, aprendo a renascer.
- O relógio parado, o mundo a girar,
- Com cada fumada, deixo tudo pra lá.
- Nos olhos de um estranho, uma chama a brilhar,
- Na tabacaria, é hora de amar.
- Cada cigarro aceso, um sonho que flutua,
- Na dança da vida, uma eterna rua.
- A luz do luar se mistura à fumaça,
- Na tabacaria, tudo se entrelaça.
- Vidas que se cruzam, canções que não vão,
- Um brinde ao inefável, à efemeridade em vão.
- No sopro do fumo, promessas de liberdade,
- Na tabacaria, a alma encontra a verdade.
- Duetos de risos, silêncios carregados,
- Cada fumaça um segredo, cada olhar um legado.
- Na tabacaria, histórias a contar,
- E o tempo, apenas um jeito de amar.
- A madeira antiga guarda segredos do passado,
- O fumo que se eleva é um presente sagrado.
- No calor do momento, o mundo a esquecer,
- Na tabacaria, é hora de viver.
- Sementes de esperança nas cinzas do chão,
- Cada tragada um verso, cada giro uma canção.
- Na calma da noite, entre sombras a vagar,
- Na tabacaria, é tempo de sonhar.
- Um amor que se instala entre a fumaça e o ar,
- Os sussurros do vento nos convidam a dançar.
- Entre tragadas lentas, o presente a fluir,
- Na tabacaria, o coração se faz sentir.
- O mistério do fumo, a leveza do ser,
- Nas ondas do aroma, o desejo a crescer.
- Na tabacaria, um refúgio a buscar,
- E em cada momento, a vida a pulsar.
- A poesia se escreve com o fumo a rodopiar,
- Entre palavras e risos, a vida a se encantar.
- Na confraria do tabaco, laços a se formar,
- Na tabacaria, juntos vamos sonhar.
- O calor do cigarro, o frescor da amizade,
- Na tabacaria, onde tudo faz sentido,
- Vez ou outra, o silêncio se faz,
- E a fumaça se enrosca, como um amor fugaz.
- Na tabacaria, instantes a eternizar,
- Nos olhos que brilham, o desejo a pulsar.
- A luz do abajur pinta sombras no chão,
- O fumo se trasega, um toque de emoção.
- Na tabacaria, a vida é pura arte,
- E em cada tragada, um pedaço de parte.
- As histórias contadas são como sussurros,
- No calor da conversa, os sonhos são puros.
- Na tabacaria, um universo a desbravar,
- Entre cada tragada, um novo despertar.
- O fumo se dissolve, como um amor que se foi,
- Na tabacaria, memórias a flutuar,
- E cada lembrança, um convite a amar.
- O cigarro aceso, uma chama a guiar,
- No compasso da vida, aprendemos a dançar.
- Na tabacaria, onde o tempo se desfaz,
- E em cada tragada, a vida nos traz.
- No final da jornada, o tabaco é passado,
- Mas na fumaça leve, um futuro aguardado.
- Na tabacaria, a essência do viver,
- E em cada instante, a razão de ser.
Poema Tabacaria, de Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, é uma obra fundamental na literatura portuguesa por sua profundidade filosófica e introspectiva. O poema reflete sobre a vida, a solidão e a busca por significado em meio à banalidade do cotidiano, utilizando a tabacaria como um espaço simbólico de contemplação e reflexão. Através de uma linguagem rica e sensível, Pessoa nos convida a explorar as nuances da existência humana, questionando a natureza do ser e a efemeridade do tempo. A importância desse poema reside não apenas em sua beleza estética, mas também na capacidade de ressoar com as inquietações contemporâneas, oferecendo um espaço para a introspecção e o diálogo sobre as experiências universais da vida.