Descubra a Poesia Satírica de Gregório de Matos: Humor e Crítica Social

A poesia satírica de Gregório de Matos é um reflexo mordaz da sociedade do século XVII. Com humor ácido e crítica social, ele expõe hipocrisias, vícios e costumes da elite baiana, tornando-se um ícone da literatura brasileira e da sátira.

poesia satírica gregório de matos No palco da vida, a vaidade é atriz,
No palco da vida, a vaidade é atriz,
  • Com roupagem de luxo, mas alma infeliz.
  • Enquanto a verdade, vestida de trapo,
  • Ria da ilusão, num grande estardalhaço.
  • Viver é um jogo, onde a sorte é incerta,
  • O tolo é o rei e a razão, uma alerta.
  • E entre risadas, a hipocrisia dança,
  • Enquanto a sabedoria, num canto, se cansa.
  • Entre os nobres e plebeus, há um só caminho,
  • O riso é o rei e a dor, um vizinho.
  • Quem se acha esperto, na verdade é bobo,
  • E a vida, o teatro, onde todos são roubo.
  • Buscando o amor em corpos vazios,
  • Corações enganos, desfeitos em frios.
  • Entre juras de fogo, a mentira floresta,
  • E o amor se dissolve como açúcar na festa.
  • Ó gente vaidosa, que vive a se exibir,
  • A vida é um sonhar, mas não é só glamour.
  • A dor é sutil, como sombra em vestido,
  • E a risada, um eco de um riso perdido.
  • Com rituais de massas, o mundo se engana,
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Enquanto a razão, no canto, se afana.
  • E entre aplausos e gritos, a verdade se esconde,
  • Em cada esquina, um farsa responde.
  • O sábio no canto observa a cena,
  • E o bobo no centro, aplaude a hipocrisia plena.
  • Enquanto a vida passa, como vento sereno,
  • A sabedoria ri e o mundo é pequeno.
  • Ó serpente de enganos, que em sorrisos se vende,
  • A verdade é amarga, mas a ilusão se estende.
  • No grande teatro, onde todos são artistas,
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A platéia assiste, entre risos e listas.
  • A beleza é um lobo, disfarçado de ovelha,
  • Atrai os incautos, que a vida é uma maré.
  • E quando a máscara cai, o riso se despedaça,
  • No meio da festa, a tristeza se abraça.
  • Com seu olhar de gata, a vaidade se move,
  • E a fragilidade da alma, em brio, se dissolve.
  • Na dança do mundo, somos todos um fantochê,
  • Rindo de nós mesmos, num grande vaivém.
  • Na roda da vida, a mentira é o rei,
  • Distribuindo sorrisos, como um doce que sei.
  • E os sábios se calam, em meio ao tumulto,
  • Enquanto a farsa reina, em seu grito oculto.
  • Ó vida, que teatro, de máscaras mil,
  • Os palcos adornados, com o amor sutil.
  • E entre aplausos e risos, algo se desfaz,
  • A verdade, coitada, se esconde e não faz.
  • O tolo se gaba de seu diploma de riso,
  • Enquanto o sábio contempla, com gesto preciso.
  • A vida é uma ironia, que nos faz acreditar,
  • Que o riso é o mestre e o pranto, um lugar.
  • A sociedade dança, em seu ritmo veloz,
  • E os corações batem, em um eco atroz.
  • Enquanto a verdade, com seu manto de dor,
  • Se esconde no canto, clamando por amor.
  • Entre promessas de amor, os corações se enganam,
  • E a esperança se perde, quando os olhos se atraem.
  • E em meio ao desejo, a lucidez se despedaça,
  • No riso ensaiado, a dor se disfarça.
  • Com brilho nos olhos e a vaidade no peito,
  • O homem se esquece de seu próprio efeito.
  • E assim vive a vida, num grande carnaval,
  • Onde o riso é a máscara e a dor, o sinal.
  • A verdade é um quadro, pintado de dor,
  • Que exibe a ilusão, como um belo amor.
  • E entre risos e aplausos, o coração se atrai,
  • Mas na hora do pranto, a verdade não sai.
  • Ó gente que ri, sem saber o que sente,
  • A vida é uma peça, um ato incongruente.
  • Enquanto a alegria veste seu manto de paz,
  • A dor é o retrato, que ninguém faz.
  • Na roda do destino, a mentira é a canção,
  • Que embala os corações, em doce ilusão.
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E os sábios que riem, em silêncio, observam,
  • Enquanto a farsa avança e o amor se conserva.
  • A vida é um espelho, que reflete vaidade,
  • E quem se acha grande, é pequeno em verdade.
  • No grande circo humano, a palhaçada é a lei,
  • A verdade é jogada, e o riso, um sutil ei.
  • Num mundo de fantoches, a ironia é real,
  • E o sábio se oculta no meio do banal.
  • A vida é um teatro, onde todos são atores,
  • E os aplausos do público são os maiores fatores.
  • Ó vaidade que brilha, como um sol doente,
  • O coração se esconde, atrás de um sorriso ausente.
  • E no fim da jornada, quando a máscara cai,
  • Perdão, gente, a verdade não está tão longe, está aí.
  • A beleza é um véu, que esconde a verdade,
  • E quem a busca em vão, vive na ansiedade.
  • Enquanto o riso se apaga, sob a sombra da dor,
  • A vida é um teatro, onde não há amor.
  • Entre risos e lágrimas, a vida vai passando,
  • E os corações, alheios, vão se enganando.
  • E no grande espetáculo, o amor se desfaz,
  • Enquanto a ironia, em silêncios, nos traz.
  • Ó vida, que circus, de verdades tão cruas,
  • Onde o amor se disfarça e a dor é uma rua.
  • E em meio aos sorrisos, a ilusão se esconde,
  • Enquanto a alma canta, a verdade responde.
  • A hipocrisia dança, em vestido de gala,
  • E o coração se fecha, como uma grande sala.
  • No grande espetáculo, onde todos são reis,
  • A verdade se esconde, sob os véus da vez.
Descubra a Poesia Satírica de Gregório de Matos: Humor e Crítica Social
O riso é um balão, que estoura em dor,
  • E o amor é um sonho, que vive em seu ardor.
  • Na roda da vida, todos são palhaços,
  • E quando a verdade chega, é só um grande abraço.
  • Ó gente de pena, que vive a se enganar,
  • Na roda da vida, o riso é o que há.
  • E quando a dor surge, como um ladrão,
  • O amor é um eco, num fundo de ilusão.
  • No grande teatro, a vida é um ensaio,
  • E o amor, um personagem, sem nenhum atalho.
  • Enquanto a vaidade brilha, e o riso se faz,
  • A verdade se oculta, como um eterno nunca mais.
  • A ironia é o guia, no caminho da vida,
  • E quem a ignora, vive em dor ferida.
  • Na dança dos fantoches, o riso se exalta,
  • Mas a verdade, coitada, grita e não falta.

Gregório de Matos, conhecido como o Boca do Inferno, é uma figura central da poesia satírica brasileira do século XVII. Sua obra se destaca pela aguda crítica social e política, utilizando a ironia e o sarcasmo para expor as hipocrisias da sociedade baiana da época. Com um estilo mordaz, Gregório aborda temas como a corrupção, a moralidade e os costumes, desafiando as autoridades e as convenções da época. Sua poesia, rica em jogos de linguagem e imagens vívidas, não apenas diverte, mas também provoca reflexões profundas sobre a condição humana, consolidando-o como um dos maiores poetas do Barroco e um precursor da sátira na literatura brasileira.

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